quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pesquisa aponta: 54% das companhias abertas não aceitam o Comitê de Auditoria Estatutário

A BM&FBovespa, o IBGC-Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e a ABRASCA-Associação Brasileira das Companhias Abertas realizaram evento no último dia 31, no auditório da Bolsa de Valores, intitulado “IN 509: Comitê de Auditoria no Ambiente de Governança”.

Eduardo Guardia, relações com investidores da Bolsa, e Gilberto Mifano (ex-Bovespa), presidente do Conselho do IBGC, defenderam a implantação de Comitês de Auditoria em suas exposições. Já o representante das companhias abertas, Antonio Castro, disse que embora seja “pessoalmente simpático à ideia desses Comitês”, a percepção das empresas é diferente neste momento.
A ABRASCA realizou pesquisa junto a seus associados (que representam, juntos, 83% do valor de mercado das empresas listadas em Bolsa) e o resultado foi o seguinte:

54% - A companhia não pretende instituir o CAE
3% - A companhia pretende instituir o CAE ainda em 2012
5% - A companhia pretende instituir o CAE após 2012
3% - A companhia possui comitê nos moldes da ICVM 509/11
34% - A companhia ainda não decidiu


De acordo com o presidente da ABRASCA, “as companhias ainda têm muitas dúvidas” quanto à definição das responsabilidades dos administradores, do prazo dos rodízios de auditoria e da superposição do CAE com o Conselho Fiscal. “Os RIs veem com simpatia a ideia, mas até que o assunto passe pela área jurídica e chegue ao Conselho de Administração das empresas deve demorar um pouco mais”, ponderou.

Em sua opinião, uma próxima pesquisa da própria ABRASCA junto às companhias abertas dentro de seis meses deverá apresentar um resultado diferente, mas hoje a posição do conjunto das empresas é esta: 88% não aceitam o Comitê Estatutário.

José Carlos Bezerra da Silva, superintendente de Normas Contábeis da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Marcelo Trindade (advogado e ex-presidente da CVM) discorreram sobre o funcionamento dos Comitês. Gilberto Mifano considera “saudável” a troca de auditorias mas entende que esse processo deva obedecer as características e necessidades de cada empresa.

Luiz Carlos Passetti, da Ernst&Young Terço, enfocou a gestão de risco das companhias, com destaque para a área da tecnologia da informação.

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