terça-feira, 29 de março de 2016

Seminário discutirá impactos fiscais do SPED para empresas

A Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) promoverá o Seminário “ABRASCA-Esclarecendo a ECF e a ECD, seus impactos contábeis e fiscais”, com o objetivo de dirimir dúvidas que as empresas ainda possuam. Evento será no dia 5 próximo, às 9h, na sede do CRC-SP.

Apoiado pelo Conselho Regional de Contabilidade, o seminário valerá 4 pontos para a educação profissional continuada. A abertura será feita por Gildo Freire de Araújo (CRC-SP), Alfried Plöger (ABRASCA) e Carlos Iacia (PwC), seguida de painéis sobre Dúvidas e posteriormente à Implantação de ECF e ECD.

Estão convidados auditores da Receita Federal, contadores e tributaristas para debater questões ligadas ao SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). Este é o primeiro evento do ano entre ABRASCA e CRC-SP, contribuindo de forma efetiva para a educação continuada dos contadores.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Governança é condição para o sucesso ambiental

“A análise ESG é o futuro da gestão de recursos. E o futuro é hoje”, disparou Alexandre Fischer, gerente de Operações da Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), na 2ª Conferência sobre Mudanças Climáticas e Mercado de Capitais – Green Future, Green Business, Green Finance, realizada no último dia 16, na BM&FBOVESPA, em parceria com o CDP (Driving Sustainable Economies). Na oportunidade 150 pessoas, do Brasil e exterior, participaram do evento, debatendo os resultado da COP 21 e instrumentos de financiamento para uma economia verde.

Pedro Faria, diretor técnico, e Chris Fowle, vice-presidente de Iniciativas com Investidores, falaram em nome do CDP analisando os resultados da COP 21, realizada em Paris. Ao lado de Emir Borovac (Nordea), Paco Debonnaire (Moody´s), Heloisa Schneider (Cepal/Euroclima), Sorange Antoine (Amundi) e de Annelise Vendramini (FGV), que relatou a experiência da Febraban com Fundos que focam a economia verde, no Brasil, debateram instrumentos de financiamento para formulação de estratégias de negócios e implementação de programas dentro dos novos cenários regulatórios e cada vez mais competitivos.

Juliana Lopes, diretora do CDP para a América Latina, lembrou dos riscos que as cidades devem levar em consideração, “como as mudanças climáticas, ondas migratórias, conflitos e catástrofes ambientais. “Em um período analisado de 250 anos, vê-se que metade das emissões ocorreram nos últimos 30 anos”, relatou seu colega Chris Fowle, VP do CDP, acrescentando que a energia elétrica e os combustíveis fósseis respondem por 70% das emissões de carbono na natureza.

"Os investidores podem conduzir as mudanças; os governos são lentos", disse Fowle, frisando no entanto que é preciso existir fontes de informação seguras para os investidores.

CONSCIÊNCIA

“Qual o sentido das pessoas consumirem menos?” – indagou Pedro Kurbhi, da EDP. O executivo disse que a companhia faz um persistente trabalho de conscientização junto a seus consumidores, uma vez que “o uso inadequado de recursos não gera bom ambiente de negócios”, destacou. Ainda de acordo com Pedro Kurbhi, a EDP reduzirá 75% de suas emissões até 2030.

Produtor de enzimas à base de microorganismos (insumos para a indústria de alimentos, para o biodiesel etc), Pedro Fernandes, da Novozymes, revelou o propósito de substitutir os combustíveis fósseis de imediato e, paralelamente, reduzir a emissão de carbono em toda a cadeia – do produtor ao consumidor. E ilustrou: "Eu sei quanto eu e o meu cliente deixamos de emitir a partir de 1 Kg de enzima produzida". O VP da multinacional dinamarquesa, há 41 anos no Brasil, falou em metas reducionistas de carbono na companhia e animou-se com o fomento à economia verde.

Objetivamente, como um banco pode ajudar na redução de emissões? Responder a esta pergunta foi o desafio de Linda Murasawa, superintendente executiva e de sustentabilidade do Santander. Ela abordou a mitigação de riscos, discorreu sobre cadeias produtivas e argumentou: "A hora que você direciona o capital induz o desenvolvimento dos setores". Linda Murasawa destacou o binômio tecnologia e inovação enfatizando que é possível duplicar alimentos, sem o uso de 1 hectare de terra a mais. Falou também de energia fotovoltaica e agricultura de baixo carbono. E para mostrar que antes do discurso já fez a lição de casa, contou que o prédio matriz do banco, em São Paulo, que abriga cinco restaurantes e por onde circulam 7.000 pessoas por dia, tem emissão zero de carbono.

O evento foi considerado propositivo pelos organizadores, uma vez que caminhos foram apontados. "Atualmente 6,5% do PIB mundial vão para subsidiar combustíveis fósseis. Reduzir o percentual já será um bom começo", pontuou Matheus de Brito (Way Carbon), no painel sobre Iniciativas Voluntárias, que também contou com a participação das diretoras Sonia Favaretto (Sustentabilidade) e Cristiana Pereira (Empresas), da BM&FBOVESPA, que ressaltaram algumas das inúmeras iniciativas em prol da transparência que são conduzidas pela Bolsa. Em sua intervenção, Sonia Favaretto comentou os 13 anos do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial, o sucesso da iniciativa de "Relate ou Explique" que conta com a adesão de mais de 70% das companhias listadas e lembrou que a então Bovespa, atual BM&FBovespa, foi a primeira Bolsa mundial a aderir ao pacto global.

Uma das importantes conclusões do evento é que a qualidade das informações da dimensão ESG - Environmental, Social & Governance - na análise de investimentos será ponto nevrálgico nas discussões envolvendo os stakeholders quanto ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, Alexandre Fischer destacou a necessidade do setor privado intensificar seus esforços: "Governos tem menos agilidade em reagir que as empresas e entidades não governamentais". Segundo o gerente de Operações da Abrasca, o ICO2 - Índice de Carbono Eficiente, o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial, a precificação do carbono e o próprio questionário conduzido pelo CDP são iniciativas voluntárias, lideradas por agentes não governamentais com apoio das empresas e da academia que estão pavimentando a estrada para esse futuro cada vez mais próximo.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Vencedores do Prêmio Abrasca Criação de Valor destacam a inovação

Citando Jack Welch, o vitorioso CEO da General Electric por 20 anos, que arrancou a companhia de um pesado status burocrático e adotou inovações gerenciais, o presidente da ABRASCA, Antonio Castro, frisou: “Se uma empresa se dedica à inovação, momentos de crise não existem”.

Castro cumprimentou as companhias vencedoras do Prêmio Abrasca Criação de Valor, que arrebataram as categorias “Destaque” em suas áreas de atuação, e fez menção especial à WEG, companhia que venceu no geral o prêmio, sendo apontada – por unanimidade dos analistas – como a que gerou maior valor médio nos cinco últimos anos.

“Neste momento talvez seja difícil investir em expansão, mas o exemplo de crescimento da WEG é ótimo: investir em inovação”, completou o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas.

O critério do Prêmio Abrasca Criação de Valor 2015 levou em consideração a série histórica de cinco anos (de 2010 a 2014), com peso maior para o último ano analisado e diminuindo na medida em que se recua no período estudado. Trata-se de calcular a “robustez financeira” da companhia, dentro da avaliação qualitativa, comentou Castro, destacando o índice de 3% do faturamento que a WEG aplica em inovação.

Aliás, o tema inovação permeou os debates e apresentações de outras companhias como Bradesco, Kroton, Valid, Ultrapar e BRF. Inovação na gestão, em produtos e, sobretudo, em novos mercados. Foram destaques entre os presentes os esforços das organizações em atuar e competir no exterior. Marcelo di Simone, por exemplo, reafirmou o propósito da Ultrapar em abrir entre 15 e 20 lojas da marca Extra Farma por trimestre. “Os investidores estrangeiros estão chegando e a competição só vai crescer, portanto é hora de nos prepararmos”, frisou.

TROFÉUS

Receberam seus respectivos troféus as seguintes companhias: Alpargatas/Categoria Vestuário e Calçados, gerando 25,82% de valor aos acionistas; BRF/Alimentos, com 22,7%; Bradesco/Bancos e Créditos, 11%; Cemig/Energia, 26%; Cetip/Serviços Financeiros, 35,7%; Kroton/Educação, 70%; Ultrapar/Holdings Diversificadas, 21,7%; Valid/Tecnologia da Informação, 33,4%; e a WEG levou o Prêmio maior com geração de 23,35%.

Encerrando o Workshop “Criação de Valor em Ambiente de Baixo Crescimento", Edemir Pinto, presidente da BM&FBOVESPA, parabenizou a todos e exortou as companhias brasileiras a se espelharem nas vencedoras do Prêmio Abrasca para a geração de valor.

Reunião Trimestral da Comissão Brasileira do Relato Integrado

No próximo dia 23 de março haverá reunião da Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado. Será às 10h30, na sede da FEBRABAN, em São Paulo.

Esta será a primeira reunião geral do ano.

A Virtual Comunicação participa do GT de Comunicação com seu sócio-diretor, o jornalista Nelson Tucci.