sexta-feira, 25 de junho de 2010

Estrangeiros apostam no Brasil e anunciam altos investimentos. E o empresário brasileiro?

O Brasil pode crescer até 10% neste ano. A previsão é do economista-chefe da SulAmérica, Newton Rosa, durante o evento “Cenários Econômicos Pré e Pós-Eleição Presidencial 2010” ocorrido em São Paulo no último dia 24. Na mesma oportunidade, o executivo Antonio Mamede esbanjou otimismo e bateu forte no quesito EDUCAÇÃO. Ele revelou níveis de investimentos de empresas multinacionais no Brasil, mostrou preocupação com os gargalos na infra-estrutura mas, sobretudo, chamou a atenção para um fato: “Corremos o risco de um apagão de mão-de-obra”.

Promovido pela empresa de consultoria FBDE/Nexion, o evento reuniu ainda o consultor Voltaire Nazi, que abordou a necessidade de planejamento de longo prazo em todas as Organizações. A exemplo de seus colegas de debate, o consultor da FBDE/Nexion disse que “o desafio é o rompimento da cultura do curto prazo”. Nazi citou alguns dados de crescimento do país – “as classes A e B cresceram 50% nos últimos cinco anos, a Classe C outros 20% e os miseráveis caíram de 40 milhões para atuais 20 milhões” – e lembrou que as empresas necessariamente precisam se preparar para o crescimento que virá no próximo qüinqüênio. O nível de investimentos deverá se fixar na base de 18% ao ano e o consumo de famílias na faixa média de 10% a.a. “Como as empresas se estruturam para enfrentar esses novos tempos?”, indagou.


US$ 20 BI para automóveis
Antonio Mamede, membro da atual diretoria da Abimaq/Sindimaq, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Tecnologia de Produção da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil), consultor e ex-presidente da ThyssenKrupp System Engineering e alto executivo de empresas nacionais e multinacionais disse que o Brasil vive um momento de raro otimismo, vislumbrando os próximos anos.

Somente a indústria automobilística vai injetar mais de US$ 20 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos, em busca do recorde de produção de 5 milhões de unidades automotivas/ano, que deverá ser atingido até 2014, prevê. “Às vezes fico com a sensação de que o empresário estrangeiro está mais otimista e enxerga melhor o Brasil que os próprios brasileiros”, disse, após comentar as suas andanças e contatos com executivos de várias partes do mundo.

Importante é definir: qual a decisão a ser tomada agora? Porque não se produz do dia para a noite. “É necessário um tempo para a maturação do investimento e da produção”, disse ele, com a concordância de Voltaire Nazi.

Crescimento Chinês
Na mesma linha se posicionou o economista Newton Rosa. Comentou as previsões de crescimento – a última é de 7,1%, anunciada pela FEBRABAN – e diz que, a continuar nesse ritmo, poderemos até chegar aos 10% neste ano. Um índice, entretanto, que cairá nos próximos anos “para a casa dos 4,5%, já em 2011”, destacou.

Estabilidade
Na opinião dos três convidados, a economia deverá mudar muito pouco, ou quase nada, com a candidata Dilma ou com Serra a partir do ano que vem. A estabilidade conquistada nos últimos 15 anos deverá ser preservada pelo próximo eleito.

Finalizando, Antonio Mamede destacou que a empresa moderna deve ser vista como um “organismo vivo”, fundamentada em valores. “Empresa tem mente (clientes), corpo (processos) e alma (relações) e certamente as empresas progressistas tendem a expandir e a crescer muito mais que aquelas que vivem ainda no modelo antigo”, definiu.

2 comentários:

  1. Muito bom o resumo. Fiquei muito feliz de ter partipado e compartilhado experiências.
    Só um detalhe, na realidade na empresa progressista a mente é representada pelos clientes; a alma pelas relações e o corpo pelos prcessos!

    Parabéns pela postagem.

    Um grande abraço,

    Antonio A. C. Mamede

    ResponderExcluir
  2. Muito Obrigado pelo comentário e adesão. Vou corrigir. Abs, Nelson

    ResponderExcluir