A Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) anunciou na quinta-feira, 25, a formação de um Grupo de Trabalho para sugerir mudanças aos órgãos reguladores visando aumentar o número de companhias listadas em Bolsa. Em volume, a Bolsa de Valores do Brasil hoje é a 9ª no mundo (já foi a 6ª ), mas em termos numéricos é a 26ª, com apenas 372 companhias listadas.
“O Brasil tem condições de listar mais de 1.000 empresas”, disse a jornalistas o presidente Antonio Castro, ao lembrar que a ABRASCA analisa três propostas que foram enviadas à Associação com pedido de apoio. Há um estudo chamado PAC-PME , subscrito por mais de 30 pessoas (entre as quais José Luis Osório e Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidentes da CVM), um outro estudo do IBMEC (reunindo análises do professor Carlos Rocca) e o da BM&FBovespa, denominado “Viagem Internacional, Percepções e Aprendizados”, relatando experiências em mais de 60 países.
De acordo com o presidente da ABRASCA, os custos para um IPO (entre 3% e 7% do valor captado) e de manutenção das companhias abertas (mínimo estimado em R$ 2 milhões / ano) dificultam o ingresso de pequenas e médias empresas. “Em várias cidades do mundo, como Londres, por exemplo, você pode fazer uma emissão equivalente a R$ 150 milhões, mas no Brasil qualquer emissão abaixo de R$ 500 milhões se inviabiliza”, destacou.
Além dos custos, a burocracia brasileira é outro fator de inibição para o crescimento do mercado, que precisa ser destravado – concluiu Castro.
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