O Banco Central emprestou US$ 24,4 bilhões em ACC e ACE desde novembro. Até 8 de junho, US$ 15,9 bilhões foram devolvidos.
(notícia do jornal VALOR, de 5 de agosto de 2009)
A escassez de crédito ao comércio exterior de curto prazo deu lugar ao excesso de liquidez. Há três meses, desde 4 de maio, o Banco Central deixou de oferecer recursos das reservas internacionais com lastro em Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC) por falta de demanda.
Há bancos com tal disponibilidade de crédito que já devolveram antecipadamente as linhas oferecidas pelo BC em meio à crise. O BC informa que emprestou US$ 24,4 bilhões em ACC e ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues) desde novembro. Até 8 de junho US$ 15,9 bilhões tinham sido devolvidos.
Os grandes bancos nacionais passaram a dispensar as linhas do BC porque pagam hoje spreads sobre a Libor tão baixos quanto 0,7% ao ano pelas linhas à exportação com vencimento em um ano. Ou seja, as linhas do BC tornaram-se caras. Em novembro, no primeiro leilão de ACC, o BC vendeu linhas de seis meses com juros de 1% ao ano sobre a Libor para os bancos. No segundo leilão, ofereceu linhas de um ano com spreads de 1,5% ao ano. Mesmo no último leilão, em maio, a linha de um ano saiu a 0,85%.
Diante da maior oferta de linhas e da demanda menor, os juros pagos pelas empresas brasileiras também despencaram. Companhias de primeiríssima linha, que no início do ano pagavam até 4% ao ano sobre a Libor por um crédito com vencimento em um ano, hoje pagam prêmio de risco não maior do que 1,3%.
COMENTÁRIO: os negócios começam a ser retomados no âmbito local (mercado interno), neste segundo semestre. Exportações ? Só Deus sabe quando os níveis voltarão aos de antes da crise... E quando voltarem, a quantas andará o câmbio ?
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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