“Estamos deixando passar uma excelente proposta que reduz custos e moderniza a forma de divulgação dos atos societários das companhias abertas brasileiras”. O comentário é de Alfried Plöger, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), lamentando a rejeição, pela Comissão Mista do Congresso, da Medida Provisória 892, que libera as companhias da obrigatoriedade de publicar suas demonstrações financeiras em Diários Oficiais.
É importante destacar que, há mais de 20 anos, a Abrasca defende o fim da publicação de balanços em Diários Oficiais, um sistema ineficiente, dispendioso e com baixa utilização pelos usuários destinatários das informações. São publicações extensas e caras, sobretudo quando consideradas as exigências das novas normas contábeis internacionais.
Plöger diz que os Diários Oficiais são o canal de pior retorno para os associados da entidade, “é algo completamente inútil”, acentuou. Já a publicação em jornais de grande circulação agrega valor, pois possui leitores qualificados e os custos competitivos para fins de publicidade. Para o presidente do Conselho Diretor da Abrasca, não é dessa forma que vamos conseguir reduzir o custo Brasil e atrair novos empreendedores para o mercado de capitais.
Segundo Plöger, muitas empresas estão optando em abrir o capital no exterior, pois os custos e as inúmeras obrigações impostas tornam o mercado brasileiro menos atrativo. “Espero sinceramente que os nossos parlamentares busquem um meio termo para evitar que uma proposta tão relevante para as companhias abertas e a sociedade brasileira não se perca nos emaranhados das disputas políticas”. O mundo está mudando rapidamente e a impressão em papel vem perdendo espaço para o sistema eletrônico, que já se tornou um dos principais meios de comunicação, disse. “Não podemos mudar a realidade que se impõe a cada dia”, acentuou Alfried Plöger.
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