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Evento reuniu experts internacionais e mais de 100 pessoas durante um dia
Desafio foi a palavra de ordem no evento internacional “Construindo Conexões para um Futuro Sustentável”, realizado conjuntamente pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) e o CDP-Driving Sustainable Economies. Depois de listar os desafios dos novos tempos, Guilherme Setubal (diretor da ABRASCA) pregou a inserção da sustentabilidade nas estratégias empresariais. Susan Howells (CDP) definiu a situação atual como “um momento criticamente urgente” e discorreu sobre água e florestas. O físico Shigeo Watanabe falou sobre precificação de carbono, definindo-a como “importante instrumento de transição, mas que certamente não é algo inerente ao mercado”.
“A sociedade, de forma geral, vive um momento desafiador, de constantes questionamentos e transformações no modo de pensar, de agir, e na forma como faz suas escolhas e toma decisões. No mundo dos negócios, não é diferente. Atualmente temos que lidar com situações que até pouco tempo não precisávamos - como a escassez de recursos, o aquecimento global e o aumento da desigualdade social e do desemprego”, disse Guilherme Setubal, na abertura da 3ª Conferência Internacional ABRASCA-CDP.
De acordo com o executivo, que é também diretor de Relações com Investidores, Riscos e Compliance da Duratex, as demandas de mercado são cada vez mais exigentes em busca de alternativas que ajudem a ultrapassar os desafios dessa nova economia “e as empresas devem estar preparadas para discutir e promover ações que ajudem na solução desses problemas, além de ampliar a sua gestão com cada vez mais transparência e ética”. E completou: “Nesse contexto, inserir de fato a sustentabilidade na estratégia das companhias, levando o tema em conta nas tomadas de decisão, tem contribuído para iniciarmos a superação desses desafios”. Depois de lembrar que nas economias do Brasil, China e Índia a divulgação ambiental ainda não é uma norma, Susan Howells (Global operations CDP Worldwide) destacou o desafio hídrico e a destruição de florestas tropicais. Para o Brasil ela recomenda investimentos em energias renováveis.
Na visão de Mário Monzone, do Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV, a curva mudou. “Vamos viver esse novo cenário com mais intensidade e as experiências que nós temos mostram a precificação como um complemento”. E aduziu: “Poluir tem que se tornar bem mais caro e isso vai estimular os investimentos na mitigação”. Já o seu colega de painel Shigeo Watanabe (CO2 Consulting) falou que a precificação do carbono é uma transição para prever como viveremos sem os recursos que temos hoje. Destacou que 68% das emissões estão ligadas ao uso da terra (criação de gado e desmatamento) e que nesta transição é preciso precificar as emissões de carbono.
A embaixadora da Noruega, Aud Wiig, disse ter se sentido encorajada, pois o evento promoveu um rico debate entre academia, governo e o setor privado. “Naturalmente temos papéis diferentes, mas são os governos que precisam incentivar e caberá ao setor privado entregar os projetos”.
Luis Fernando Laranja (Kaeté Investimentos) e Humberto Matsuda (Performance Investimentos) discorreram sobre Projetos na Amazônia, mostrando que o nativo precisa de renda e se lhes forem dadas alternativas, como criação de “galinha, porco e peixe”, eles cuidarão da preservação ambiental. “A lógica é apoiar empresas agroindustriais que tenham investimento em agricultura familiar, uma real alternativa ao desmatamento para esses pequenos agricultores”, acentuou Laranja.
Matsuda destacou que o Brasil precisa gerar valor/riqueza. E não deverá fazê-lo pela via da exploração dos recursos naturais e tampouco da exploração de mão de obra. “O ideal é a geração de produtos e serviços sustentáveis e investimentos em energia renovável”.
Evento ainda reuniu outros players do mercado, como Maíra Rezende (Apex), Denise Pavarina (Task-Force on Climate Related Financial Disclosure), Karen Tanaka UL EHS Sustainability) e Vânia Borgerth (BNDES e Comissão do Relato Integrado), Emir Boravac (ESG specialist Nordea), Chris Fowle (PRI), William Cox (M&E) e Raquel Castelpoggi (Fundação Real Grandeza).
Durante todo o dia o evento reuniu mais de 100 pessoas no Teatro Vivo, na capital paulista.
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