terça-feira, 12 de novembro de 2013
Ativos não-monetários chamam atenção no X Seminário de Contabilidade Internacional
"O pano de fundo das discussões é o que está passível de modificação normativa por parte do IASB para um tipo de situação que atinge frontalmente empresas brasileiras que têm um ativo não-monetário, normalmente um ativo imobilizado ou intangível, não mais sujeito a correção monetária, mas que é financiado por uma dívida sujeita a uma forma de correção monetária". A explicação é do professor Eliseu Martins, membro do board do CPC. Ele esteve juntamente com o ex-ministro Pedro Malan e Alfried Plöger (VP da ABRASCA e coordenador institucional do CPC)no X Seminário Internacional CPC, dia 11, em São Paulo.
IASB - "A participação do Brasil e da América Latina em discussões junto ao IASB (International Accounting Standards Board) é muito importante. Desde que me juntei ao board há quatro anos e meio insisto nessa participação, pois temos que ser ativos na fase de desenvolvimento das normas, senão não teremos o direito de reclamar posteriormente”, comentou Amaro Gomes, do IASB. Ele listou os três grandes grupos de projeto do IASB: instrumentos financeiros, IASB-FASB projetos e outros projetos.
AM.LATINA - Jorge José Gil, da GLENIF/GLASS (Grupo Latino-americano de Emissores de Normas de Informações Financeiras), lembrou que a América Latina tinha pouca participação junto ao IASB e que a criação do grupo possibilitou a harmonização do pensamento contábil da região. Um dos objetivos do grupo, de acordo com ele, é propor melhorias de temas relevantes para a região junto ao IASB, "como é o caso da inflação”, acrescentou. Um dos desafios apontados por ele é aumentar a participação dos países maiores – Brasil, México e Argentina.
EDUCAÇÃO - Já o executivo do CPC e da FACPC, Edison Arisa, apresentou alguns pontos importantes para o comitê, com destaque para: acompanhamento das atividades educacionais (pela Fundação CPC e entidades membro), participação e acompanhamento em grupos de fóruns internacionais e o trabalho do GT IASB dentro do Comitê que acompanha todas as alterações propostas pelo IASB.
Eliseu Martins, vice-coordenador de Operações do CPC, disse que o pano de fundo das discussões é o que está passível de modificação normativa por parte do IASB para um tipo de situação que atinge frontalmente empresas brasileiras que tem um ativo não monetário, normalmente um ativo imobilizado ou intangível, não mais sujeito a correção monetária, mas que é financiado por uma dívida sujeita a uma forma de correção monetária.
"Um dos efeitos - mencionou Martins - é que ocorre "uma deformação patrimonial exageradamente grande na medida em que esse passivo é extremamente significativo. Corrige-se o passivo, mas não corrige o ativo”, completou.
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