quarta-feira, 26 de maio de 2010

Setor de Utilidades Domésticas cria 204% de valor aos acionistas

O setor de Utilidades Domésticas criou 204,7% de valor para os seus acionistas no ano passado, seguido pelos segmentos de Serviços Médicos (194,3%) Construção Civil (175,2%) e Atacado e Varejo (111,8%). Ficaram nos últimos lugares do ranking os setores de Telecomunicações, que consegui criar apenas 1,2% de valor, seguido pelo de Saneamento & Serviços de Água e Gás, com 22,6%.

Os números são parte do levantamento que a GRC Visão está elaborando para o Prêmio Abrasca de Criação de Valor - Edição 2010, que será entregue em agosto junto com o lançamento do Anuário Estatístico das Companhias Abertas, editado pela ABRASCA. A indicação da ganhadora ao Prêmio e dos destaques setoriais será feita em junho por uma Comissão composta por representantes de 12 entidades do mercado de capitais.

Metodologia
Este ano, a Comissão Organizadora do Prêmio ABRASCA decidiu alterar a fórmula de cálculo para dar mais abrangência aos dados. O índice, que antes era restrito ao ano anterior, passa a ser uma media ponderada dos últimos três anos, obedecendo ao seguinte critério: 20% do valor criado em 2007, 30% do valor criado em 2008 e 50% do valor criado em 2009.

Nessa visão mais ampla, é possível observar quais setores apresentaram uma criação consistente de valor aos acionistas e quais apenas recuperaram a perda dos anos anteriores. O principal exemplo é o setor de Utilidades Domésticas, que se destacou em 2009, registrando 204,7% de criação de valor, mas na media os últimos três anos registrou destruição de cerca de 21% de valor para seus acionistas.

O Prêmio consiste em uma metodologia inédita no Brasil, desenvolvida pela Universidade de Navarra, na Espanha, e adaptada pela GRC Visão para o Anuário Estatístico das Companhias Abertas da ABRASCA.

Inicialmente as empresas são selecionadas com base em dados quantitativos para identificar as que conseguiram os mais elevados percentuais de criação de valor em relação a seu market value ao longo dos últimos três anos.

Posteriormente são consultados analistas de investimentos que acompanham as empresas para obter avaliações sobre o trabalho que elas desenvolvem em áreas-chave como governança corporativa, relação com os acionistas e o mercado, política ambiental e atuação social.

As finalistas são submetidas ao Comitê de Premiação, formado por 12 entidades do mercado de capitais, que indica a vencedora e os destaques setoriais. Este Comitê, que é soberano em seu voto, é composto por representantes das seguintes entidades: Amec, Anbima, Abrapp, Anefac, Apimec, BM&FBovespa, Fipecafi, Ibef, Ibgc, Ibracon, Ibri e Ini.

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